A casa, uma construção do século XVIII reconstruída depois do terramoto de 1841, sofreu agora obras de reabilitação que lhe permitem continuar a perpetuar a memória do escritor, natural da ilha Terceira e "pai" do termo “açorianidade”.
O imóvel foi inaugurado numa cerimónia presidida por Carlos César, presidente do Governo Regional dos Açores, e possui dois pisos, varanda de ferro forjado, com traça tradicional da arquitectura do "Ramo Grande", denominação popular da zona da Praia da Vitória na ilha Terceira.
Na "Casa das Tias", adquirida há cerca de duas décadas pela autarquia local, vai passar a funcionar para além da Biblioteca Pública Silvestre Ribeiro, no piso inferior, a sede da Assembleia Municipal na parte superior.
A casa, além do seu valor arquitectónico como exemplar do Ramo Grande, é um ícone na obra de Nemésio, uma casa de que fala em muitos dos seus romances.. É um edifício com excelentes condições, que vai acolher também exposições e, no jardim interior, várias actividades, sobretudo da biblioteca, dirigidas a crianças, como a Hora do Conto, na altura de Verão.
A casa era propriedade de duas tias de Nemésio, que lhe pagaram os estudos universitários por os pais, de origem humilde, não terem possibilidades financeiras. Vitorino Nemésio, autor de "Mau Tempo no Canal", passou grande parte da sua infância e juventude nesta casa, localizada junto à Igreja da Misericórdia, ali regressando sempre na altura das férias.
Em 1994 foi ali inaugurado um busto do escritor, da autoria do escultor Álvaro Raposo França e, em 2007, abriu, na casa onde nasceu Nemésio, um Centro de Estudos e Museológico, sobre a sua vida e obra.
A "Casa das Tias" acolhe na sua inauguração uma exposição de pintura, escultura e outras artes plásticas do artista Ramiro Botelho, natural da Praia da Vitória.
Fonte: Câmara Municipal de Praia da Vitória
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